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domingo, 25 de julho de 2010

DIA DO ESCRITOR



Tendo-se-me tirado a possibilidade de dizer, escrevendo, pois, falando, isso já não faz muito sentido, “estas mal-traçadas linhas”, agora que tudo se ajusta automaticamente, com “caligrafia” à escolha, havendo uma fonte quase inesgotável delas, de onde jorra até, se se buscar com cuidado e paciência, uma letra que imita a naturalidade das pretéritas linhas, tão mal-traçadas, embora, muitas vezes, o que delas se dizia era algo muito bem calculado para chamar a atenção justamente para uma elogiável correção: pois então, já não podendo lançar mão desse recurso (não se justificando mais se escrever à mão), apresentando-se minhas linhas com uma retidão exemplar), o que me resta para desculpar a irregularidade do meu escrever – e não porque não o faça regularmente, mas porque o que escrevo carece de uma linha que o oriente, a ponto de quase não haver diferença entre se ler o que sai da minha mão (no modo manual, da mão esquerda; no automático, pilotado por ambas), se se ler, como é costume entre nós, orientados que fomos para isso, da esquerda para a direita, de cima para baixo, e de se ler ao contrário, sob outra “orientação”, de lá para cá.

Diferença há, dirá alguém que escreve bem, a ponto de jamais ter pensado em recorrer a mal-traçadas linhas como desculpa para sua embriaguez vernacular, chegando, em alguns casos, a nos deixar tontos com sua escrita “vertiginosa”, uma montanha-russa escrita em vernáculo, com caracter(es) próprio(s) aos latinos, entre aquele que escreve por usar a mão, ou mesmo a ponta de um dos seus dedos para decalcar palavras, e aquele outro, o que cria os decalques originais (mesmo que, ao fazer isso, ainda que sem o perceber, processo já longamente automatizado, também decalque, como qualquer um (daqueles)). Estes, diante do papel em branco – ou de um dos seus substitutos virtuais –, são levados a um ato de criação, revolvendo-se, ainda que as revoluções literárias exijam bem mais que escritores se revolvendo, ainda irresolvidos; já aqueles, sem a angústia típica experimentada pelos “criativos” (pena que ainda não criaram um remédio para essa angústia: no que fazem bem, já que, curados, talvez isso seja a sua morte como escritores), contentam-se em debuxar, sem deboche, esforçando-se até, o que é digno de ser louvado, por, nesse decalque, manter a retidão, evitando ao máximo as linhas mal-traçadas, mesmo que possam chamar em seu favor o fato de que se são assim traçadas a torto, é-lhes de direito que se reconheça que o “mal” desse traçado já estava num original riscado desse mesmo jeito.

Não deve ser tarefa das mais fáceis para um escritor rivalizar com um mal-traçador de linhas, mesmo quando quer emprestar honestidade ao que escreve, fazendo-se passar o autor pelo personagem, sempre tomado por uma mão invisível que o sacode todas as vezes em que identifica alguma linha com traços “maus”, mesmo sendo capaz de perceber, essa mão que não se vê, que então é desejo, é mesmo intenção do escritor dar a suas linhas esse aspecto embriagado. Tarefa não menos facilitada é para quem não se acostumou a criar, deixando de lado os decalques e partindo para um desenho mais autoral, embora pareça mais perdoável que um decalcador não possa criar do que um criador (que se supõe ser capaz de tudo, já que tira tanto do “aparente” nada) não poder, simplesmente, decalcar, algo que qualquer criança, já alfabetizada, faz, sendo que as mais precocemente talentosas fazem isso com admirável graça.

Fiz, aqui, decalques demais, forma, aliás, de encobrir (apesar de estar-me revelando assim) meus recalques: seja o de não ser um escritor, um criador de originais, seja o de, mesmo com um original me servindo como base, não fazer cópias com estilo, sequer conseguindo apresentar com retidão o que era para ser bem-pensadas mal traçadas linhas.

CHICO VIVAS

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

DIA DA CARIDADE


Não vou, aqui, bancar o bonzinho. Bonzinhos, aliás, parece haver poucos, alguns mesmo, sabe-se lá com que intenções (devem ser boas, vindas de quem vêm), clamando por uma espécie de tombamento, deixando perceber, nas entrelinhas, que desejam ser “bancados”, sem que isso signifique que eles se fingem de bonzinhos, mas apenas que, reserva que creem ser necessária ao bom andamento do mundo, merecem, ao menos, ser sustentados, bastando que já são o que são, bonzinhos como são, quase um São Bonzinho, mesmo que entre os santos a bondade, de tão natural, não deva chamar a atenção.

Bons praticam bondade – e reconhecer isso não é, de minha parte, um ato bondoso. Mas, sendo assim, é como se os bons não pudessem ser outra coisa, senão a bondade em pessoa, nem sempre sendo assim por escolha própria, resultado de uma experiência de “maldades”, tendo chegando à conclusão de que mais vale a pena ser bom, que o mundo está precisando disso (até como uma maneira, nem sempre consciente, de se fazer necessário, em mundo tão despersonificado), e sim porque isso faz parte indissociável de sua natureza, através de um mecanismo que não compreende bem: o que pode lhe trazer aborrecimentos, considerando que não é certo que os bons sejam bem-vindos, inclusive porque sobre eles pesa, por vezes injustamente, a má reputação de serem desagradáveis com sua bondade explícita, com a defesa inflamada do seu jeito de ser, com a firme intenção de converter os maus.

O caridoso, muitas vezes confundido com bondosos em geral, é de outro gênero: o caridoso precisa reconhecer em alguém sua necessidade, não, rigorosamente, agindo com “prazer”, mas pela compreensão de que seu auxílio se faz preciso, naquela circunstância. O bondoso – como o Idiota do príncipe Michkin, de Dostoievski – busca as oportunidades, até com avidez, nem sempre com a descrição necessária para não deixar transparecer o incontrolável gozo em ser bom, mesmo à custa da desgraça dos outros, sem a qual ele (e sua bondade) não sobreviveria(m).

O bondoso, ainda que não o diga, flerta constantemente com a perfeição – e isso não tem a ver, necessariamente, com uma perspectiva teológica: a perfeição do homem na proporção direta em que se aproxima do seu Criador. Ainda que não afaste, mesmo numa experiência mundana, a “sombra” divina, o bondoso faz-se, como se discípulo de Protágoras, medida de todas as coisas; mais, dos outros homens, até não compreendendo, ou dizendo isso, a imperfeição (ou seja, a ausência de “sua” bondade, e não a própria maldade) nos demais.

Caridoso, o homem se liga, com essa virtude teologal, a Deus: o que não impede quem quer que seja de ser assim, mesmo que mantenha, ou diga manter qualquer divindade a uma razoável distancia laica. E ao fazer suas caridades não quer, como necessidade para a sua sobrevivência como tal, que prosperem(?) as infelicidades, desejando mais prósperas felicidades, mesmo que isso os torne dispensáveis.

CHICO VIVAS

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

DIA DO PANIFICADOR


Com a alienação do trabalho – e há quem, até hoje, jure por Deus que esse conceito é coisa do diabo –, pouco importa saber o responsável por amassar, por sovar a massa; por, com a desculpa de que essa é uma técnica ancestral e que continua mostrando sua eficácia, a ponto de as máquinas (um trabalho, pela ignorância do que faz tão automaticamente, muito mais alienado) se inspirarem, sem a correspondente transpiração, nos movimentos humanos, mesmo que deem voltas e mais voltas, provavelmente para que, deixando-nos tontos, não atentemos para a falta de originalidade, que importa, portanto, deixar o próprio suor, com sua característica salinidade, cair em gotas sobre essa mistura ainda crua: imagem intragável para uns, mas, para outros, retrato, em tons avermelhados, do trabalho do homem que, alienado do que faz, por vezes não pode consumir o pão que suas mãos “constroem”, ainda que essas mesmas mãos, agora, não lidem diretamente com as “massas”, e sim com botões: e botões assim, apertados a todo instante, é um prato cheio, na falta do pão, para se levantar nova bandeira – agora, em defesa dos (pobres) botões, tão pressionados que acabam sempre fazendo o que deles se espera, até, ao menos, que, como qualquer trabalhador rotineiro, ajustado às repetições, acabe “relaxando”, sabendo-se o quanto um (trabalhador, botão) relaxado dá trabalho (a outros trabalhadores, botões).

Se nos chega quentinho – venha esse calor de fábrica, comprado diretamente dela, sem maiores intermediários, venha de uma fonte doméstica que põe lenha na fogueira do nosso apetite –, que diabo, por que tenho de ficar pensando no trabalho que deu esse pão, ora me culpando por devorá-lo tão gostosamente, fruto de um fantasioso trabalho exsudante, ora, como se isso fosse uma boa lapada de suarenta manteiga levemente gelada sobre a massa ainda quente do pão escapado à fornalha – um inferno em que já não pontuam chamas e labaredas visíveis –, dizendo que cada pão que comemos mantém trabalhadores ocupados?

Dormido o pão – que ninguém é de ferro, embora, a depender da quantidade de horas de sono do pão, possa endurecer, quase a ferro se comparar –, não se podendo substituí-lo, imediatamente, por outro (como se, flagrado dormindo no ponto, prontamente, o trabalhador, por mais pão que tenha feita na vida, por mais suor que tenha gotejado sobre as massas, por mais botões que tenha apertado em sua existência estreita, fosse dispensado, logo substituído por outro, mais jovem, mais ávido por dar seu próprio suor à causa, vendo no repetitivo apertas de botões um novo desafio em sua vida), basta que se salpiquem gotas de águas sobre o pão, umedecendo-o levemente, sem que esse chuvisco alcance seu âmago, ficando à superfície, e, assim, tal qual conseguisse escapar a tempo de uma forte chuva inesperada, ser levado ao forno: ei-lo já ressuscitado!

Que sejam louvados os que fazem (os que amassam, os que suam, os que apertam), mas que se saboreie, sem culpas, o fruto desse trabalho, ainda que, numa mordida, sinta-se o travo amargo de se imaginar a falta que ele faz em outras bocas.

CHICO VIVAS

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sexta-feira, 2 de julho de 2010

DIA DO BOMBEIRO







Essa gente é fogo! Onde há fumaça, apressa-se em chamar os bombeiros, já incendiada de fantasias que vão do fetiche do uniforme, com um capacete vermelho a lhes coroar, armadilha fácil para quem acredita que o doutor Sigmund explica mesmo tudo, até, sem sair dessa mesma Viena século dezenove, a mangueira, um fálico desenrolar que assume, a depender da extensão do incêndio, um priapismo que, mais cedo ou mais tarde, como rescaldo, vai por água abaixo, como se o efeito mágico de uma ciência em drágeas houvesse passado. Fantasiando ainda, todos os bombeiros, contrariando a universalização da obesidade, são sempre modelos para uma estatuária, mas que, na real, passa longe dos cânones clássicos de uma Grécia áurea, aproximando-se, pelos excessos, de inflados perfis, a um passo de ilustrarem calendários anacrônicos, e não porque estes já não marquem, com rigor, os dias, mas porque caíram em desuso, passando o tempo bem mais rapidamente do que se leva para, num mesmo mês, riscar o dia de ontem, para, num mesmo ano, passar para o mês seguinte.

E a fantasia perdura com o chamado urgente, como se no calor das chamas, para promover o salvamento de um gatinho sapeca que, por não se lhe ter cortado as asas (sequer aparado o pelo) a tempo, brincando de ser o que não é, querendo ser mais selvagem o que sua felinidade já domesticada, cedendo à chantagem do carinho eventual e do leite regular, subiu numa árvore e de lá não sabe como descer: e ver o bombeiro, heroico, destemido, risonho, apesar de contrariado com um resgate que não lhe renderá medalha, tendo de se contentar com um sorriso de agradecimento sublinhado por mal-agradecidos arranhões do gato já salvo, é alimentar a fantasia do forte delicado, do alto que se (re)baixa sem humilhação, chegando a parecer, nessa atitude, ainda mais alto; é dar de comer, nutrindo-a com porções fartas, à fantasia do homem terno (e que não precisa estar sempre com um uniforme), mais atraente ainda quando, fora do serviço, revela-se, surpreendentemente elegante, um homem-terno...e gravata.

A realidade, no entanto, é outra. Incêndios tomam conta, com mais frequência, como se cultivasse o fogo o gosto por pratos nada fartos, de lugares sem encanto; não raro, origem dos próprios bombeiros. Às vezes, por conta das expectativas concentradas numa vela, crendo-se que seu tamanho (ou o tempo que demora para se derreter toda) é proporcional às chances de ser agraciado: e quem sabe se entre os tantos pedidos contidos, por economia, numa mesma vela, não estará o de uma casa mais segura, apenas o suficiente para não se correr riscos desnecessários com uma vela.

A realidade dos bombeiros, embora eu não partilhe com eles a caserna, deve também ser bem outra: abdômen proeminente como sinal de “fartura desnecessária”, músculos lassos em membros arredondados artificialmente ou com a naturalidade de um aumento generalizado de peso, ainda que, nessa distribuição desigual, concentrados na barriga, dando a impressão de que há ali espaço para toda uma dinastia de reis – com suas respectivas damas, ou valetes, se estes forem (de) sua preferência. Quanto à realidade dos bolsos, é bom se pôr os pés no chão, não deixar a fantasia dar cambalhotas, porque tudo o que pode haver, além de um vazio retórico, são trocados sem muito valor ou dívidas ainda incalculáveis, a ponto de eles próprios, de objetos de fantasia, assumirem o papel de sonhadores, até, enquanto se imaginam, num corpo que não têm, com sedutor olhar sem brilho natural, não escutando a sirene a lhes chamar, perdidos em devaneios solitários em que se veem em seu uniforme, capacete na cabeça e mangueira (cheia) na mão, acordados dessa fantasia por uma sacudidela do companheiro já desperto e que o faz cair na real: é o chamado de mais uma casa pobre em vias de desaparecer querendo, a todo custo, sobreviver, por vezes não havendo diferença significativa entre o estado anterior ao incêndio e o provável estado depois do sinistro.

CHICO VIVAS
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