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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DIA DO CAFÉ


Os que não o aceitam puro, contrariando, curiosamente, o gosto dos puristas, usam, numa repetição sem graça ou apenas como um gracejo nada original, o argumento de que de amarga a vida já é suficiente, não sendo, portanto, mais necessário que se lhe acrescente, nem que seja somente uma colherinha, mais algum amargor: e é assim que o café sucumbe ao açúcar, embora, como náufrago que não encontrou uma tábua de salvação a tempo e, pesado ainda, de início, todo o açúcar vá para o fundo, e só depois, com a intervenção da colher(inha ou não), agindo então já não como medida, e sim como um remo a remexer aquelas águas, entre mornas e quentes, é que, afinal, se dissolve todo, desaparecendo em corpo, permanecendo, porém, e de modo marcante, mesmo que nem sempre se dê por ele, em espírito, com sua indisfarçável doçura, fazendo com que, não raro, o café forte, de personalidade, seja confundido com um doce qualquer.


Café não deveria admitir diminutivo, já que cafezinho(s) são como lugares-comuns (como o de que de amargo já basta a vida, mesmo que, eventualmente, isso seja uma verdade, e nem tão incomum assim) que, ditos ou bebidos, são consumidos por hábito, sem que se lhes perceba, nos lugares-comuns, esse seu caráter que os impede de ter significados mais ricos, atados ao que o uso lhes impôs, ou não se percebe nesses constantes cafezinhos o gosto do próprio café – seja um em que o amargo natural assume preponderância, seja um, o que é mais comum na maioria dos lugares, que já se associou ao açúcar.


O bom café requer temperatura ideal, sem o preciosismo de se contar a quantidade exata de borbulhas que o calor faz brotar na água, sem o requinte (requentado, para os conhecedores, nem pensar!) de um termômetro específico para esses mergulhos: a boa temperatura para o café é aquela que não exige sopros – como alguém que gasta muito tempo se enfeitando para sair e, na hora de passar pela porta, gasta outro tanto, ao se ver, de relance, nalgum espelho, tirando os enfeites -, mas que também não permite que se o sorva de um só gole. Tomá-lo aos poucos estimula alguma reflexão, e não tanto por suas propriedades estimulantes, capazes de excitar a memória, sem garantias de que desse ato reflexivo surjam pensamentos originais, podendo mesmo ser que, de tanto pensar, se chegue à conclusão de que, muito doce então, se deveria experimentar um café mais “puro” ou de que, de tão amargo, têm razão os que atribuem à vida toda a cota de amargura, não sendo preciso nem uma colher(inha) a mais.


Embora recomendável – quando não se tem restrições em sentido contrário -, o café-da-manhã é outra história: é só refeição matinal em que nem sempre entra o café que lhe dá nome; e mesmo que esteja aí presente, além da força nada desprezível do hábito, é uma necessidade da hora. O café, sem os mesmos valores aristocráticos (ou “simplesmente” esnobes) do vinho (muitos, embora escondam isso, preferem os mais adocicados), pede alguma exclusividade, certo estar-a-sós, nada de “acompanhamentos”, a menos que, já demasiada amarga a vida, não se lhe possa mais somar nem uma gota de solidão, sob o risco de se afundar, cada vez mais, em lamúrias acres.

CHICO VIVAS

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domingo, 21 de novembro de 2010

DIA DAS SAUDAÇÕES


Olá, como vai?! Eu vou indo. E você, conhece, além desta, com um repertório mais variado que o meu, outras formas de saudação? E por que eu quero saber, se mal não há em sempre se saudar assim, já sendo, em si, a disposição para se saudar alguém um ato suficientemente “rico”, dispensável então que se fique, por preciosismo ou por temor de parecer repetitivo, a procurar outras fórmulas, arriscando-se até, nessa busca incessante por originalidade(s), esbarrar, com os danos típicos de um encontrão assim, em bizarrices?

É que hoje é o dia das saudações. E se as usamos, costumeiramente, para saudar, para “nos saudar”, para saudar o dia (de hoje), para fazê-lo em relação a um dia especial, para, enfim, saudar alguém que se inclui no dia que se quer saudar, nada mais justo que saudar este dia, das saudações que é.

Talvez quem inventou este dia não tivesse a intenção de que nos puséssemos a saudá-lo: o dia e não seu próprio inventor, já que assim estaria legislando, se foi um legislador quem isso inventou, em causa própria. Quem sabe se não o fez, bem-intencionado, apesar deste dia, de tão pouco conhecido, ser quase ignorado, para nos lembrar da “cordialidade” (essa palavra que sai do “coração”: e isso eu sei “de cor”) que há em se saudar alguém?

Pode-se especular se as saudações, tornadas fórmulas convencionais, convencionado que ficou que se as deve usar, não se transformaram em meras palavras, lugares-comuns que são usados sem a plena consciência do ato (de cordialidade) que elas encerram. Pouco importa, na verdade. Saudar alguém, mesmo que respondendo a uma convenção, ainda que isso não expresse, rigorosamente, um desejo do coração, abre espaço, por menor que seja (para quem vive na escuridão doméstica, uma frecha, como uma brecha nesse breu, é um alvissareiro sinal de luz; e para quem está mergulhado no escuro “temporal”, a céu aberto (ou fechado), em alguns lugares, em dada época do ano, um raiozinho de sol, tímido ainda, é bastante para antecipar o calor (arrepiante) a vir), para, pergunta feita com jeito de afirmação – olá, como vai?! -, resposta lhe seja dada, sem “precisão”: eu vou bem, eu vou indo (para onde?), e você?

Mas, se a intenção (das boas) é saudar o dia, dia das saudações, e o dia (como alguém que, em mau dia, recebendo saudação, passa batido, mesmo sem saber para onde vai, e não a responde, ou só murmura, inaudível então, um “eu vou indo”, entredentes) não sabe como responder, saudá-lo, então, para quê?

Isso eu não sei dizer. A pergunta deveria ser feita e quem inventou este dia: este, porém, eu não sei quem é. Mas, presumo que o dia – o de hoje, em especial, e qualquer outro – já se sentirá devidamente saudado se, dirigindo-nos a alguém, mesmo na pressa que nos faz passar batido pelo dias, lançarmos-lhe um “olá, como vai?!”

Lançado está!

CHICO VIVAS

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DIA DO TRIGO


Quem come pão nem pensa - sendo de sal ou mesmo sendo outro, que o sal sempre entra de alguma forma – que aquilo que o tempera, tirando-lhe um, se não insuportável, não-apreciado insosso, vem do suor, já naturalmente temperado assim, embora o suor seja mais visível nos trópicos acalorados do que em regiões, ironicamente, mais temperadas, vindo não de uma exsudação espontânea, resultado previsível e mesmo desejado do bom funcionamento da nossa fisiologia sistêmica, ou daquele hábito, bem me voga, dos esforços calculados, cronometrados até, seja em nome de uma boa saúde, qualidade de vida como muitos preferem dizer, embora, se pudessem escolher, nem sempre com alternativas à mão, se deixassem seduzir pelos encantos numéricos da mera quantidade (inclusive por acreditarem que com mais tempo, mais chances haveria de se tratar...da qualidade, ainda em vida), ou seja tão-só porque comer faz bem à imagem, especialmente quando, vivendo às correrias, mostra-se ainda com tempo para isso.

O suor que dá o tom ao pão (que vem, classicamente, do trigo, ainda que outras variações, ao longo do tempo, tenham surgido, sem o mesmo apelo, a ponto de, sendo de outra matéria-prima, juntar-se-lhes, nem que seja um tantinho, o trigo) vem do trabalho árduo e incessante de um homem que, primeiro em tudo, legou a sua descendência essa exaustiva herança, ele próprio um Tântalo, condenado a viver assim, de comer(?) o que a todo instante parece lhe fugir das mãos, amargando a culpa original, por mais que hoje não haja qualquer originalidade em se falar em culpa, recorrendo a ela até os inocentes, os que não sabem como se ganha o pão, não lhes passando pela cabeça que uma máquina (de fazer pão: mesmo que metáfora – ou eufemismo – para não se falar do esforço humano) possa suar: mais sensato foi Brás Cubas que, bem orientado por seu mentor, não à toa um Bruxo que já parece ter nascido de barbas brancas, não legou a própria miséria a sua descendência, uma miséria, aliás, mais filosófica, moral, do que propriamente a carência de bens, que ele tinha demais, se se considerar sua solidão.

Mas, não é à toa também que o Criador de Machado de Assis é Quem é: numa tacada de mestre (mesmo que isso não Lhe tenha saído da cabeça, autorizado, porém, Biografado com sumo poder de veto), inventou mais do que pão: inventou tudo, afinal. Inventou, sobretudo, o pão como imagem do alimento maior, ainda que um pão menor, um pãozinho até, e não apenas para suprir, com seus carboidratos, as necessidades dos músculos, exigidos em esforços constantes, compulsórios ou por livre vontade, ao ar livre ou em ambientes fechados (a poucos ou a muitos, a depender do preço), mas para alimentar, figuradamente, o espírito que, para marcar sua aparente(!) superioridade em relação ao corpo, sequer precisa de alimento – ou, se precisa, é de um de gênero inefável, por mais que se gastem tantas palavras para dizê-lo.

Motivo de preocupação: o pão de cada dia, expressão que substitui um desejado cardápio variado – ou, na falta, o mesmo, repetido, e, em último caso, o pão propriamente dito. E ainda preocupa o pão, por mais que seja constrangedor se falar assim, de barriga cheia, por seu potencial de energia que, não gasta (talvez em ganhar com suar o pão de cada dia), acumula-se: e justamente onde, senão na barriga, cada vez mais com aquela sua indesejada aparência de “cheia”.

Será que o castigo não poderia ter sido viver quebrando galho, tentando alcançar, como Tântalo, a copa da árvore para nos alimentar de...maçã: que, sabidamente, enche a barriga sem exibi-la tão “cheia”?

CHICO VIVAS

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DIA DE FINADOS





Alheios a serem “colhidos” pela minha mão, os ciprestes se deixam plantar no chão, à espera do tempo e das condições ideais para medrarem - e, aqui, quase não resisto à tentação, tão mais baixo do que um deles, mesmo dos ainda muito jovens, pode chegar, de, com os joguinhos habituais, dizer deles: se...prestes. Mas, contenho estes meus dedos lúdicos, ávidos, e não lhes permito que brinquem assim, com algo tão sério, apesar de, ao plantar tais ciprestes neste solo virtual, abrir espaço, qual sulco na terra, para que me tomem por um brincalhão ou por quem não tem mais nada o que fazer, como se as brincadeiras só entrassem nas histórias no vácuo das seriedades ausentes, e não fossem tão essenciais (ao crescimento, o nosso e não o dos ciprestes) quanto é o desenvolvimento da mão, mesmo que suas linhas não se desenrolem, de inextricável por destino próprio, numa sequência de palavras legíveis, a ponto de não deixarem margem alguma quanto ao futuro que nos aguarda.

E que futuro nos aguarda, senão (e temo que a brincadeira comece a ficar demasiado séria) o cemitério, o campo onde reverdecem lembranças protocolares e histórias em processo de esquecimento, onde medram campas com palavras tão sérias para a finitude do homem, que beiram já a brincadeira?

Árvore comum em lugares assim, dito santos lugares e onde se encontram toda sorte de homens, os que tiveram sorte na vida e os que a única sorte(?) que tiveram na vida foi a de serem homens, os ciprestes têm a peculiaridade de sempre se mostrarem verdes: eis aí, se não uma boa desculpa para esse assunto ter entrado aqui, ao menos, uma esperança de que, com ou sem jogos de palavras, eu consiga sair desse lugar, sem ainda nele ter dado entrada, ascendendo à vida, essa mesma cotidiana, ainda que isso signifique “descer” às suas vias públicas demais, a alguma depressão na topografia e a certas baixezas que não se trocam, em vida, pelas alturas prometidas por um futuro de ciprestes, inexorável, mesmo que se descreia deles por escrito ou que, viva, a voz grite contra tais desígnios.

O cipreste que planto aqui não foi arrancado a um campo-para-sempre, mas à fantasia em que, plantado, como se diria de certa terra que conhecemos, tudo dá, inclusive coníferas assim. E se planto, transplantando-o, em palavras, da imaginação não necessariamente fértil (apesar de, em certas estações, abundarem - e o jogo de palavras é inevitável - adubos naturais), faço-o não pela paisagem que costuma abrigá-lo, mas pelo verde que teima em lhe ser única cor, como se, insurgindo-se contra o outono que toda vida conhece, conhecendo-os até em ciclos que se repetem, até que a roda finalmente se feche, gritasse que vive para sempre, sem talvez perceber que mesmo num verde insistente há sutis variações, fazendo de certo tom, que nos homens é já marrom, tendência de moda outonal.

Então, numa tentativa de “subirmos aos baixos” a que tanto nos apegamos, ainda que clamemos aos céus por uma vida mais elevada, faço dessa plantação de ciprestes uma coleção de lembranças, todas elas perenemente verdes, independentemente do tempo em que foram deitadas ao chão, acomodando-se dentro da terra, que é o jeito característico, ao contrário do homem, de uma planta vir a nascer: sei que há algumas de um verde-bebê, tenros ciprestes que já se lançam ao espaço, prontas para crescerem, e outras lembranças que, aos meus olhos, serão sempre verdes, ainda que grassem por aí um tom de verde-maduro.

Entre o olhar decidido as lembranças jovens e o não querer ver que há as que, jovens um dia, foram empurradas para um indiscernível tom de marrom, há ainda as lembranças que passeiam entre um extremo e outro.

CHICO VIVAS
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