Share

terça-feira, 24 de maio de 2011

DIA DO DATILÓGRAFO


Insistir nisso é como continuar batendo na mesma tecla, e não, pressionando-a uma única vez, mantendo-se a pressão, escrevendo a mesma letra vezes sem contaaaaaaaaaa – embora haja um contador de caracteres que faz, por si, essa conta -, mas, caso se queira bater, repetidas vezes, tendo-se de, afrouxando a tecla, voltar a exercer pressão sobre ela: de fato, os datilógrafos desapareceram, ficando, no entanto, como dado insistente, seu dia no calendário, um que, por si, já vai perdendo sua razão, considerando o tempo de agora – e, agora, o tempo é, no máximo, um agora mesmo.

Se o profissional da datilografia, cujo trabalho principal era bater sempre nas mesmas teclas, não importando o que daí pudesse sair, que sua responsabilidade então se restringia a, com rapidez, saber em que teclas bater, sendo mesmo medida sua eficiência pelo tempo em que cumpria essa sua tarefa, em que pese a peso relevante de um trabalho bem feito, sem rasuras escamoteadas e, muito menos, com erros evidentes, é coisa do passado, sua técnica permanece, adaptando-se à pressão exercida sobre cada tecla e sua atual sensibilidade ao toque, capaz de perceber, de leve, a pressão que se lhe quer dar e, cedendo, antecipar-se a um bater que já não combina com as teclas de hoje, sob o risco de fazê-las disparar, numa sequência de letras sempre as mesmassssssssssss.

Antes, era sinal de profissional experiente o não olhar para as teclas, e não por mero descaso para com elas, mas porque assim, com um olho no gato e outro no peixe, atenção voltada para a base de referência da escrita, ganhava-se mais tempo, sem a necessidade amadora de, a cada palavra, ficar-se procurando sua tecla correspondente. Agora então, quando, à frente, não há uma folha de papel, com seu branco-oficial e desafiador (encha-me ou devoro-te), com informação sem conta, é que uma boa datilografia seria bem-vinda.

Mas, quem ainda conhece a técnica (ASDFG)?

Hoje, o datilógrafo de ontem é o técnico em periféricos, por vezes, assumindo importância central, porque se o teclado trava, apesar do (baixo) preço convidativo, convidando a que se o troque, sem mais perda de tempo, insistir nele é como ficar batendo na mesma tecla, sem resposta, a tal ponto que, desafiando nossa curta paciência (imagina só se voltássemos a ter de esperar por um trabalho “datilografado”?!), ficamos tentados a dele nos livrar – do teclado, não do técnico, embora este, se demora a chegar, deixa-nos, em atitude tipicamente impaciente, a em alguma superfície à mão tamborilar, quase como se, fazendo dela um teclado, só para passar o tempo, começássemos, não tendo o que escrever, a bater ali, nas mesmas teclas, já que, ao tamborilar, se não usamos todos os dedos de um exímio datilógrafo, lançamos mão de mais de um, uns quatro, menos o polegar, descansado então do seu exaustivo trabalho de “dar espaço”.

CHICO VIVAS

Read rest of entry

quarta-feira, 18 de maio de 2011

DIA DO VIDRACEIRO




Para além do que o próprio nome, substantivo comum, sugere, alguém que trabalha com vidro, não sei o que (mais) possa ser um vidreiro, talvez já sendo o suficiente ser o que é, ou o que ora suponho que seja, trabalho dos mais delicados, mesmo que realizado por mãos longe da delicadeza que se imaginaria para o trato com coisa frágeis, sendo assim, possivelmente, pela dureza do trabalho, pelos inevitáveis “riscos”, não raro profundos, fazendo isso parte do próprio trabalho.


Mas, pensando num, sem que eu me veja ora na precisão de um trabalhador assim (tenho, sim, telhado de vidro; e ele está, sim, aqui e ali, quebrado; mas, imaturo então, de tanto querer consertá-lo, acabei por aprender que não adianta), o que me vem à cabeça é o esperto Carlitos, secundado pel’O Garoto, adotivo filho, sendo educado(?) na pedagogia da sobrevivência, quebrando, este, com pedradas propositais, as vidraças alheias, para que, filho amoroso, dê passagem ao pai-vidraceiro que – que coincidência! – está a passar por ali justamente naquele instante, numa sequência que lhe(s) garante trabalho e a consequente sobrevivência – do jeito que dá.


É possível que um vidraceiro, ainda que não seja dos “bons” – porque há sujeitos assim em qualquer trabalho, em qualquer arte -, ainda que use lá dos seus artifícios para garantir a continuidade do seu serviço, não se sinta muito lisonjeado com minha referência, acusando o golpe e, fingindo ter sido ferido, como se riscado por um pedaço de vidro, em cheio, em sua reputação, devolvendo-me o golpe, em injúrias que crê proporcionais ou em muito delicadas palavras (terá aprendido isso com os vidros?) que, em troca das duras recebidas, parecem doer bem mais.


Para aliviar meu lado – imagine só se todos os vidraceiros resolverem vir contra mim, com pedras nas mãos, prontos para deixarem meu telhado, já tão vazado, um buraco só! -, digo que, no fundo, somos todos uns...vidraceiros, querendo, com isso, dizer que em algum momento acabamos por nos valer de certos artifícios para a manutenção da nossa vida, por instinto de sobrevivência: não raro, para nos proteger, evitando danos maiores a nosso próprio telhado, saímos na frente, tentando ganhar pontos com a surpresa, e atiramos no telhado alheio, deixando seu dono ocupado o suficiente com esse seu estado-a-descoberto para não vir contra nós, mesmo sabendo que, uma hora, receberemos o troco.


É assim: cada um por si e Carlitos valendo por todos. Não que seja um deus, mas, na luta pela sobrevivência, restando os mais bem-adaptados, os que retratam a evolução da espécie, se não sobrarem, com o tempo, vidraceiros, ao menos, para sempre, Chaplin.



CHICO VIVAS
Read rest of entry

domingo, 8 de maio de 2011

DIA DAS MÃES






Impossível deixar de me lembrar da “Infância”. Mas, não da minha própria, e sim de uma a que só tive acesso quando a minha já se havia ido, sem, confesso, deixar saudades, embora hoje, como acontece habitualmente, ela me surja com certa nostalgia, afastado daqueles dias já por tempo suficiente para que sobre eles paire agora certa mitificação. Contudo, são inegáveis alguns sinais relutantes, espécie de objetos que, ao longo da mudança, das várias que fazemos durante a vida, nem sempre por vontade própria, caem do caminhão: ainda que meu desejo fosse de, incivilizadamente, deixá-los ali, à mão dos que creem haver utilidade pessoal para eles ou dos que, fazendo isso quase desde a infância (da qual também poderão sentir saudades, tomando-a, posteriormente, por um ideal que não vivenciaram), são pagos para livrar as ruas dessas recalcitrâncias – uma parte do lixo convencional -, ao fim, sempre acabava me virando para trás, abaixando-me e recolhendo-os, sendo esse meu gesto, ele mesmo, um desses objetos da infância que há pouco mencionei e de que não conseguia (será que já consigo?) me desfazer.

Refiro-me à Infância de Graciliano Ramos, livro de (suas) memórias. E a impressão que me causou, numa vida que segue, aparentemente, como tantas outras, mas que sua mestria em narrá-la torna-a surpreendente, única, as referência aos próprios pais. Diante de uma mãe forte (sem traços de uma fortaleza romanesca, heroica, apenas uma força que sublinha a submissão crônica), sequer havia uma pai frágil, num contraponto, literariamente, interessante, por óbvio que seja esse recurso narrativo, sendo, talvez, a imagem materna que lhe ficou a projeção, algo destorcida, algo reativa à presença do pai, como se assim ela acreditasse, com inconsciência desse ato de fé, poder melhor sobreviver em ambiente tão hostil.

E pouco se vê por parte da mãe aqueles carinhos que, em geral, adoçam infâncias amargas ou salgam o terreno estéril que se vai alastrando, precocemente, pelo coração sem esperanças. E é tocante, apesar da ausência daquela suavidade digital que se costuma associar a tudo que (nos) cala fundo, o modo realista (quem sabe se um tantinho expressionista) como, adulto, esse filho a descreve: feia (sem eufemismos-amortecedores): e não há aí uma feiura cheia de subtons, de significados ricos em interpretações metafóricas. É feia, a ponto de ele sugerir a imagem de uma caneca cheia de amassados para aproximar o leitor do retrato materno que lhe ficou, ao menos daqueles dias.

Marianos mesmo sem sermos devotadamente cristãos, a mãe ora nos é a madona da Rafael (ou de qualquer outro grande – ou mesmo pequeno – artista que não escapou ao tema, seja por falta de originalidade, num tempo em que esse motivo era corrente, seja por supostamente querer ser original, quando já ninguém se interessava por “ele”), ora é a mater dolorosa, uma mítica Pietà (de Michelangelo) que, se ficasse de pé, sentada para sempre como está, seria bem maior do que o Filho que, morto, ela insiste em carregar eternamente em seus braços de mármore – um Filho, como se sabe, ainda que não se creia, por si mesmo, incomensurável.
E quando nos flagramos feios, dizemo-nos que ou o espelho não está em seus melhores dias, estando, por conta dos seus humores especulativos, um tanto quanto invertido, ou que herdamos essa máscara (feia) justamente por nos termos afastado da uma idílica infância em que a mãe, tenha a cara que tiver, será sempre, mais que a imagem, o “real” significado da palavra “beleza”.

Que dizer da minha própria?

Mãe? Infância? Ambas?

Falta-me a mão de mestre para dizê-las feias, sem culpa, ou, sem me sentir ainda mais culpado, afirmá-las belas, jogando, assim, no lixo um gancho razoável para memórias que não hei de escrever.

CHICO VIVAS


Read rest of entry

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DIA DO CARTÓGRAFO


Traçar estratégias (a longo prazo), traçar metas (para amanhã mesmo), traçar objetivos (para o dia de hoje), traçar, se possível fosse, planos para o dia de ontem. Tem-se, seja o que for, de traçar, como se já não se pudesse viver o agora, com medo das surpresas, se elas vierem, do daqui a pouco, imprudência que se tornou ser surpreendido, devendo-se então se antecipar, seja para enfrentar com melhores armas (coisa de estrategista) as novidades (que não mais se poderá chamar de inesperado), ou mesmo para, intervindo com base em informações antecipadas, evitar o inesperado, numa vida que não traz mais qualquer novidade.

Tudo isso é como traçar um mapa, um retrato visível, graficamente, do que está fora dos nossos olhos. É isso que nos faz sentir ter o mundo inteiro em nossas mãos, ao menos o mundo conhecido, aquele que já foi devidamente “traçado” pelos desbravadores que, passando sua informação adiante, já tendo régua e compasso prontos, deu a munição necessária para os cartógrafos agirem, sem, no entanto, como franco-atiradores, saírem disparando para todos os lados.

À primeira vista, pensa-se, confundindo as “artes”, que os cartógrafos, tal qual pusessem a mão na massa, puseram os pés na estrada, desbravando, aventurando-se no inesperado, podendo seguir um mapa (já desenhado) ou completamente às cegas, dependendo dele imaginar esse novo traçado. E o cartógrafo pode ser um desses que se impõem metas, objetivos, e traçam (acostumados a isso que já estão) estratégias e planos, e tudo isso para, longe das novas terras, dos caminhos arriscados, das estradas enlameadas, cumprirem, dentro do prazo estabelecido, por si mesmo ou por alguém que lhe encomendou o mapa, o trabalho de agora.

Não deixa de ser algo curioso que os mapas, um dia, já tenham sido chamado de “cartas”. Um dia, também, o que talvez, hoje, seja uma curiosidade ainda maior, escreviam-se cartas, com novidades, apesar do tempo, impensável agora para nós, que tudo isso levava para chegar ao seu destino. E o conjunto dessas cartas pode ajudar a traçar um mapa de certa época, mostrando-nos os caminhos que então se seguiam, atalhos que cumpriam muito bem a tarefa de, em poucas palavras, indicarem um rumo, e até reticências que funcionavam como a declaração de que, num mapa, dado lugar pode existir, mas sobre o qual não há ainda certeza, sem que pés já lhe tenham tocado ou, tendo-lhe tocado, não houve tempo para tais pés comunicassem às mãos, que traçam os mapas, essa novidade: será que mandaram as informações por...carta?

E os mapas foram ficando menores: as cartas passaram a bilhetes, depois a notas, agora são mera referência tácita. Para que tudo neles possa caber, diminui-se a escala: se quilômetros se transformam, como cartas em bilhetes, em milímetros, um milímetro pode fazer, quando o bilhete é indispensável, toda a diferença.

Uma última nota, antes que, tomada como um exagero de palavras, como um dia as cartas, reine o silêncio completo: minha referência para, sem estratégia alguma, traçar estas palavras, imprevidente que sou para não pensar no dia de amanhã, foi mesmo o dia de hoje: dia do cartógrafo.

CHICO VIVAS

Read rest of entry
 
Related Posts with Thumbnails

Seguidores

My Blog List

Marcadores

Abrir o coração (1) Adulto (1) Ajuste de contas (1) Alfaiate (1) Alienação do trabalho (1) Alimentação (1) Alimento (1) Amante (1) Amigo (1) Amizade (2) Amor em cada porto (1) Anjo (1) Anjo exterminador (1) Anjo-da-guarda (1) Apertar o cinto (1) Aquiles (1) Arquitetura (1) Arrmesso de cigarro (1) Arte (1) Astronauta (1) Atriz (1) Bailarina (1) Balconista (1) Balzac (2) Banana (1) Barroco (1) Bernard Henri-Levy (1) Boa forma (1) Bolo de dinheiro (1) Bombeiro (1) Bondade (1) Botões (1) Brás Cubas (1) Cachorro sem dono (1) Caetano Veloso (1) Café (1) Café com açúcar (1) Café puro (1) Caminhos desconhecidos (1) Cão (1) Capadócia (1) Capadócio (1) Cara de anjo (1) Caridade (1) Carmem Miranda (1) Carta (1) Carta na manga (1) Cartão-postal (1) Cartas (1) Carteiro (1) Cartógrafo (1) Casados (1) Caso Dreyfuss (1) Cauby Peixoto (1) Cecília Meireles (1) Celulares (1) Chaplin (1) Chuva (1) Circo (2) Cliente (1) Coelho na cartola (1) Comida (1) Compositor (1) Compulsão (1) Construção (1) Consumo (1) Conteúdo adulto (1) Coração (1) Cordialidade (1) Coreografia (1) Corte-e-costura (1) Criação do mundo (1) Criatividade (1) Criativos (1) Cruz (1) Culto ao corpo (1) Cura (2) Cura da Aldeia (1) Dança (1) Datilografia (1) Datilógrafo (1) Democracia (1) Deus (1) Dia da Abolição da Escravatura (1) Dia da alimentação (1) Dia da amante (1) Dia da amizade (1) Dia da árvore (1) Dia da bailarina (1) Dia da banana (1) Dia da caridade (1) Dia da chuva (1) Dia da criança (1) Dia da criatividade (1) Dia da cruz (1) Dia da democracia (1) Dia da família (1) Dia da fotografia (1) Dia da infância (1) Dia da lembrança (1) Dia da liberdade de imprensa (1) Dia da Língua Portuguesa (1) Dia da mentira (1) Dia da pizza (1) Dia da Poesia (1) Dia da preguiça (1) Dia da propaganda (1) Dia da telefonista (1) Dia da tia solteirona (1) Dia da velocidade (1) Dia da vitória (1) Dia da voz (1) Dia das mães (3) Dia das saudações (1) Dia de Natal (1) Dia de Santo Antônio (1) Dia de São João (1) Dia de São Jorge (1) Dia do adulto (1) Dia do alfaiate (1) Dia do amigo (2) Dia do anjo-da-guarda (1) Dia do Arquiteto (1) Dia do artista plástico (1) Dia do astronauta (1) Dia do ator (1) Dia do balconista (1) Dia do bombeiro (1) Dia do café (1) Dia do cão (1) Dia do cardiologista (1) Dia do cartão-postal (1) Dia do carteiro (1) Dia do cartógrafo (1) Dia do circo (1) Dia do cliente (1) Dia do compositor (1) Dia do contador (1) Dia do datilógrafo (1) Dia do dinheiro (1) Dia do disco (1) Dia do encanador (1) Dia do escritor (2) Dia do esporte (1) Dia do estudante (1) Dia do filósofo (1) Dia do fotógrafo (1) Dia do goleiro. Dono da bola (1) Dia do intelectual (1) Dia do inventor (1) Dia do leitor (1) Dia do mágico (1) Dia do mar (1) Dia do marinheiro (1) Dia do Museólogo (1) Dia do nutricionista (1) Dia do órfão (1) Dia do palhaço (1) Dia do panificador (1) Dia do Pároco (1) Dia do pescador (1) Dia do poeta (1) Dia do pombo da paz (1) Dia do professor (1) Dia do profissional de Educação Física (1) Dia do silêncio (1) Dia do soldado (1) Dia do solteiro (1) Dia do sorriso (1) Dia do telefone (1) Dia do trabalho (2) Dia do tradutor (1) Dia do trigo (1) Dia do vendedor de livros (1) Dia do vidraceiro (1) Dia do vizinho (1) Dia dos Pais (1) Dia mundial do rock (1) Dia Universal de Deus (1) Dinheiro (1) Doença (1) Doistoiévski (1) Ecologia (1) Encanador (1) Enigmas (1) Entrando pelo cano. Desencanar (1) Escravo da palavra (1) Escrever (1) Escritor (2) Espécie em extinção (1) Esporte (1) Esquecimento (1) Estado civil (1) Eterno estudante (1) Família Desagregação familiar (1) Fardos (2) Fernando Pessoa (1) Filosofia (2) Filósofo (1) Florbela Espanca (1) Fogueira (1) Fogueira das Vaidades (1) Fome (1) Fonte dos desejos (1) Fotografia (1) Fotógrafo (1) França (1) Freguês (1) Ganhar o pão com o próprio suor (1) Gentiliza (1) Gianlorenzo Bernini (1) Gourmand (1) Gourmet (1) Graciliano Ramos (1) Grandes autores (1) Guerra (2) Guimarães Rosa (1) Hércules (1) Ideal de paz (1) Ideia pronta (1) Imaginação (1) Imprensa (1) Imprensa livre (1) Infância (2) Infância perdida (2) Ingmar Bergman (1) Intelectual (1) Invenção (1) Inventor (1) Irmãos Karamázovi (1) Isaurinha Garcia (1) Jardim das Cerejeiras (1) Jesus (1) Jogo de palavras (1) José (1) Juventude (1) Lado bom das coisas (1) Lágrima (1) Leitor (1) Lembrança (1) Ler a si mesmo (1) Letra e música (1) Levantamento de copo (1) Liberdade (2) Liberdade de expressão (1) Liberdade de pensamento (1) Língua (1) Língua Portuguesa (1) Livros (1) Loucura (1) Luta (1) Machado de Assis (1) Mãe (2) Magia (1) Mágico (1) Mal-traçadas linhas (1) Mania de perseguição (1) Mapas (1) Máquina de escrever (1) Mar (1) Marcel Proust (1) Maria (1) Marinheiro (1) Medicina (1) Médico (1) Médico de alma (1) Memória (1) Memórias (1) Mentira (1) Mesa (1) Metamorfose ambulante (1) Mistérios (1) Misticismo (1) Morte (1) Mundo da lua (1) Museu (1) Natal (1) Navegação (1) Navegação é preciso (1) Nêga (1) Negro (1) O Êxtase de Santa Tereza de Bernini (1) O Garoto (1) Órfão (1) Os doze trabalhos de Hércules (1) Pai (1) Palavras (1) Palhaço (1) Pão (2) Pão de cada dia (1) Paradoxo de Zenão (1) Pároco (1) Paz (1) Peito aberto (2) Pensamento (1) Pescador de homens (1) Pescador de ideia (1) Picco de la Mirandola (1) Pizza (1) Poesia (2) Poeta (1) Pombo da paz (1) Praga de mãe (1) Preço de banana (1) Preguiça (1) Professor (1) Propaganda (1) Propaganda é a alma do negócio (1) Psicologia (1) Razão (1) Realidade (1) Referências bíblicas (1) Religião (1) Rock (1) Rock and roll (1) Sabedoria (1) Saber (1) Santa Tereza de Ávila (1) Santo Antônio (1) São Jorge (1) São Miguel (1) São Paulo aos Coríntios (1) Satisfação (1) Saudação (1) Saudade (1) Shakespeare (1) Soldado (1) Solidão (1) Solteiro (1) Solteirona (1) Sorriso (1) Tântalo (1) Tcheckov (1) Telefone (1) Telefonista (1) Tempo (1) Tereza de Ávila (1) Tirania (1) Toques de celular (1) Torre de Babel (1) Trabalhador em teatro (1) Tradutor (1) Trigo (1) Trocadilho (1) Truque (1) Tudo acaba em pizza (1) Velhice (1) Velocidade (1) Vendedor (1) Vendedor de livros (1) Verdades (1) Victor Hugo. Oscar Wilde (1) Vida (1) Vida amarga (1) Vidraceiro (1) Vidro (1) Vizinhança (1) Vizinho (1)