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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

DIA DO MÁGICO



Mágico para valer é aquele que, como se tirasse um coelho da cartola, surpreende-nos, mesmo quando, ao decidirmos assistir-lhe, já não guardamos tanta expectativa assim de surpresas a vir, ainda que, conscientes do jogo em que entramos, por mais ilusório que seja, de parte a parte, finjamos certo espanto, sendo isso o que o mágico espera de nós, sabendo que não nos apresenta mais qualquer novidade, e o que nós próprios esperamos dele, surpreendendo-nos, se se mostra sem todo esse fingimento tacitamente concertado, mágico de verdade é o que tira a cartola de um coelho.

E não que ele, como um público que, ainda novo para velhos mágicos, para ancestrais mágicas, faz reverências ao mágico, tirando-lhe o chapéu, tire, assim, o chapéu do coelho – que, aliás, há muito o perdeu, perdendo esse seu ar circunflexo -, mas que, embora isso tangencie o trabalho de um açougueiro qualquer e não de um prestidigitador, arranque mesmo, do íntimo do coelho, como se metesse, sem cerimônia, por mais que ilustre o ato com pantomimas, a mão no interior, com ou sem fundo falso, da cartola, como se enfiasse a mão no mais profundo do próprio coelho, uma certa cartola – até se descobrindo aí, se ele é um coelho sincero ou se também, para surpresa nossa, como se um de nós, mesmo um de nós que não seja mágico, tem “lá” seu fundo falso: quem sabe se a parte mais verdadeira do seu ser.

Não há como, ao se pensar em um mágico, inclusive aqueles que jamais viram um, senão coberto de luzes, rodeado de belas mulheres (provavelmente para desviar a atenção de uns – ou de outras – e, querendo desviar, as outras, sua atenção de tão belas mulheres, como a afastar a inveja chegando, acabem por concentrá-la justamente nelas, deixando passar o truque, até barato) e envolto por muita fumaça – e que, nesse caso, ao contrário do que se pode pensar, não está sempre a serviço da camuflagem do truque, mas apenas como um recurso cênico, por mais usado que seja -, não se trazer à lembrança, que sequer tem de ser própria, podendo ser parte de uma lembrança coletiva, já sem origem definida individualmente, um homem de fraque e cartola, sendo esta, ao mesmo tempo, parte do seu figurino comum e parte indispensável da mágica, espécie de alçapão que, em lugar de se manter escondido do público, revela-se, pontuando a cabeça.

O encanto quase indestrutível da mágica – se isso é resultado da mágica de alguém, é de se lhe tirar o chapéu (ou a cartola) – dá panos para manga, para muitas, a ponto de esconderem todas as cartas possíveis, todos os segredos até hoje escritos, inclusive os truques que, por precaução, nenhum mágico se atreveu a pôr no papel. Há na mágica algo de infantil, da nossa crença no que não vemos, às vezes mais até do que naquilo que enxergamos, capaz de, como se ato reflexo, condicionado pela surpresa, fazer cair o queixo: e quando, já não mais crianças, nos flagramos deixando-o cair, logo consertamos o ato, como se, então, mágicos em ação, estivéssemos prestes, por um descuido, a ter nosso segredo descoberto pelo público, destruindo a ilusão, encerrando, se alguma criança houver na plateia (falo de crianças mesmo, e não de todos os outros, “potencialmente” crianças, embora, a essa altura, o que, um dia, era potência, tenha já se revelado em ato), precocemente, a crença na magia.

Embora das mais comuns, mágica, para mim, é tirar, aparentemente do nada (ou de pouco mais que isso), tantas palavras: mesmo sabendo que ninguém se espanta mais com isso.

CHICO VIVAS

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DIA DO CARTEIRO


Quando Isaurinha Garcia chegou (chegando), gritando, para quem quisesse ouvir – hoje, quem ainda lhe dá ouvidos?! – que é chegado o carteiro, todo mundo entendeu, menos pelo tom da voz de Isaurinha, mas porque todos, provavelmente, já haviam experimentado, em sua vida, alguma espera, com as ansiedades características de um aguardo assim, vigilantes, como um guarda atencioso, do relógio, contando os segundos, mesmo que isso só faça parecer que o tempo é maior do que realmente é, e o carteiro, então porta-voz mais veloz, era o que mais se aproximava, sem cães-de-guarda as casas, guardadas, no máximo, por uma imagem, sabe-se lá com que grau de fidedignidade, de um anjo-da-guarda, de uma desejada chegada, apesar de, mesmo havendo tal possibilidade, não se estivesse aguardando pelo carteiro em pessoa, mas pelas boas-novas, evangelista não-canônico, que ele trazia.

Que ele ainda traz, isso ele traz, pois continua, carteiros que não desapareceram – Isaurinha Garcia, infelizmente, sim -, trazendo cartas, ainda que já não tenha a exclusividade, sequer tendo sua supremacia, das novidades, considerando o quanto tudo, agora, envelhece rapidamente, ninguém mais querendo, olhando o relógio a cada segundo, perder tão precioso tempo, sabendo-se o quanto gostamos de compará-lo ao vil metal: metal muito bem-vindo, viu?!

Carteiros, no entanto, já não guardam aquela cerimônia de missionário ao entregar a Palavra, prosaicos que se tornaram, apesar dessa sua atividade cheirar, cada vez mais, a pura nostalgia, não passando totalmente despercebidos por causa do seu exuberando uniforme, talvez desenhado (e, sobretudo, pintado) para ser notado, como a dizer assim que carteiros ainda existem, sendo que os cães-de-guarda são os que mais os notam, valendo-se eles (não os cães) apenas do seu próprio anjo-da-guarda: e se este, vivendo em “outro mundo”, atemporal, estiver à espera, ansioso, de uma boa-nova vinda por carta, atenção: cão feroz.

É verdade que eles, que sequer veem, agora, como era de praxe, a cara dos destinatários, cartas entregues fora da mão, na mão de quem, como um carteiro profissional, por função, recebe e as redistribui (mal vendo, igualmente, a cara dos seus destinatários), entregam também outros objetos, de pesos variados, já quase extintos os telegramas, por pouco usados, salvo por alguém que se vale justamente dele para dar uma notícia com atraso: mas não é de se crer que, por mais aguardado, um objeto vindo numa caixa, visto de cara quando aberta tal caixa, valioso até, tenha o mesmo valor de uma (antiga) carta, envelope colado (às vezes, perfumado: e isso me faz sentir cheiro de saudades no ar), na sequência, rasgado, ou mesmo aberto com uma delicadeza de quem não deseja trair sua trêmula ansiedade, desdobrada a carta, lidas as palavras, de um fôlego só ou a conta-gotas, pingando palavras.

Se um carteiro passasse, gritando nosso nome, passar-lhe-íamos um sermão, mostrando-lhe o valor da discrição, não lhe perdoando se, como se visse através de nós (de nossa expectativa), esperasse, entregue a carta, para nos ver abrir o envelope, acrescentando o quando deseja que nos traga boas-novas: e, por Deus, às vezes, tudo o que queremos, quando não há outro jeito, é pagar a maldita fatura em dia, para evitar os temidos juros.

CHICO VIVAS

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sábado, 15 de janeiro de 2011

DIA DO ADULTO


Falar em conteúdo adulto, seja para afastar os não-assim, seja para atrair os que, com idade para isso, já se acham o tal (adulto em pessoa), achando-se mesmo o próprio, baseados alguns em avaliação eminentemente subjetiva, adultos sem ainda o serem, segundo critérios bem mais objetivos, isso beira a infantilidade.

A infância, por natureza, sente-se atraída por tudo, fazendo mesmo isso parte primordial do seu processo de conhecimento, numa idade em que as noções de moral, quando existem, são ainda tênues demais, quase sempre reduzidas a um inescapável maniqueísmo: ou é bom (bem) ou é mau (mal). E como convencer uma criança de que aquilo que se lhe apresenta tão belo, ou tão misterioso, ou tão gostoso, ou mesmo tudo isso junto, não é bom, caindo ela, eventualmente, nessa antiga armadilha de sedução através da aparência bela, do ar misterioso, do aspecto saboroso, embora armadilha igualmente sedutora, para outros, seja o inverso disso: o surpreendentemente feio, o banalmente sem mistério, o amargo com cara de mau-humor?

Deixada essa infância para lá – que continuar se insistindo nela, quando seu tempo já passou, é ser infantil, sem, no entanto, voltar no tempo, retomando a criança -, seguem-se os dias em que tudo que surge como sendo “de adulto” é, por princípio que se estabelece como forma de demarcar visível fronteira entre a criança que se foi e o adulto chegando(-se a nós), o que mais importa, não tendo, então, a menor importância que, já alvos de moral mais incisiva, nos esteja ainda interditado tal conteúdo, a menos que se sinta impedido de ir adiante, quando a moral, com seus disparos religiosos, aponta-nos seus canhões, ainda tão imaturos nós, apesar de não o querermos parecer, para encará-los, para tomá-los por falsas armas que se alimentam da nossa crença em sua aparência ameaçadora, igualmente imaturos, suficientemente assim para, não acreditando que tais canhões sejam mesmo de verdade, não passando de ameaças fingidas, sem potencial destrutivo, pormo-nos diante deles, até exortando-os, com imoralidades, a que disparem, se é que são mesmo os canhões que dizem ser: e, às vezes, eles dizem (a que vieram).

Adultos então, pouca graça tem se defrontar com conteúdos feitos sob encomenda – é como, crianças, olharmos o pote de doce no alto, alto demais para nosso tamanho (ou para nossa bravura em desafiar os perigos de uma subida não autorizada), e, já grandes, não o olharmos mais com tanta água na boca. Inclusive porque acabamos por perceber que tal encomenda se baseia numa média de adultos da qual, desejando nos diferenciar, buscamos nos afastar, tendo, porém, de admitir, quando o conteúdo ainda nos atrai, quão medianos somos.

Crianças, queremos logo subir mais um degrau (para alcançarmos o pote de doce?). Subido este, queremos logo a vida adulta (para acessar seus (im)próprios conteúdos). Adultos, sem sinceridade, por vezes, desejamos a criança e, sinceramente falando, não desejamos subir, pelo que isso já implica em “descer”, nenhum degrau a mais.

CHICO VIVAS

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sábado, 8 de janeiro de 2011

DIA DO FOTÓGRAFO/DIA DA FOTOGRAFIA

Ontem – e falo de um ontem mesmo, cerca de vinte e quatro horas atrás, e não jogando, figuradamente, esse mesmo dia (de ontem) para um passado que, apesar de “indefinido com exatidão”, nos remete a um tempo já enorme que passou –, a realidade podia ser vista como uma sequência de fatos, guardando entre si certa solução de continuidade, um elo que os tornava compreensíveis sob uma lógica histórica: nisso tudo, a fotografia, documento de um desses elos ou mera diversão (quando um desses elos era um dia que permitia algum divertimento), era um registro esparso. Agora, só se admite como real o que está rigorosamente fotografado, daí, portanto, que a realidade se tornou uma sequência de fotos em que, se falta uma, perde-se o elo, fazendo a história que se conta, se não ilógica (porque há uma lógica até na fantasia), difícil de ser compreendida.

Já não são nossos olhos, agindo diretamente, que captam o real, traduzindo-o, baseado num fato anterior, dando-lhe assim significado (lógico), certo de que, não havendo brusco rompimento dessa sequência, um novo, mesmo que nada original, virá a seguir, como um outro elo, nessa corrente de fatos que formam o retrato de dada realidade, ainda quando esta se mostra de difícil compreensão.

Tal qual não quiséssemos perder um só instante, com receio de que fosse esse, perdido então e impossível de ser recuperado, importante, quem sabe até justamente o mais importante de nossa vida, aquele pelo qual tanto estivéramos aguardando, não podemos mais perder uma fotografia, deixando de registrar, por todos os ângulos, o real (que pode não se confundir com a própria realidade), mantendo agora os olhos mais ocupados com esse registro secundário do que em estarmos em contato direto com a realidade: se vimos, se garantirmos mesmo que vimos (o que vimos), mas não temos disso (que vimos) uma correspondente fotografia, fica a dúvida: será que vimos?

E se nós, fotografando (sem parar), podemos flagrar, ao acaso, um outro em igual atitude, somos, simultaneamente, alvos dos flagras alheios, o que faz com que vivamos (n)um equilíbrio precário, baseado, quase que inteiramente, no fato (real) de que possuímos todos as mesmas armas, ainda que a de alguns pareça de mais longo alcance, capaz de uma “objetividade” maior, como se pudesse registrar a realidade para além do aparente, rompendo, desse modo, a fronteira do real, adentrando, eventualmente, o espaço da fantasia de cada um.

Se a nossa é limitada, comportando só certo número de lembranças, por vezes com uma cedendo lugar, antiga demais ou nova (já) em excesso, para outra, numa seleção que nem sempre consulta nosso consciente, a memória que alimenta tanta fotografia, expansível, de tão absurdamente capaz de registrar, virtualmente, tudo, reitera em nós a desconfiança (em alguns, já a certeza) de que o que se vê com os olhos é realidade enevoada, sem a mesma nitidez do real fotografado.

Olhar o passarinho!... Isso é coisa de ontem – e falo, agora, de um tempo já perdido (no próprio tempo).

CHICO VIVAS

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

DIA DO LEITOR


Diz Proust – porque há uma certa atemporalidade naquilo que alguns (grandes) escritores dizem, mesmo quando, há muito, já não podem ouvir possíveis contestações – que “todo leitor, quando lê, é leitor de si mesmo”: e eu sei disso porque “o” li – ou será que li a mim?

E é assim não, certamente, pela identificação consciente entre o leitor, em sua clássica atitude de passividade, continente por natureza, e aquilo que diz o autor, havendo mesmo autores sob encomenda que dizem justamente – e nada mais do que isso, como uma roupa costurada sobre o próprio corpo (do leitor) – o que se espera dele ouvir, lendo-o, numa arte de resultados: e mesmo quando, isso é possível, o que escrito vai, num choque evidente, de encontro com o que tanto se gostaria de ouvir, aparentemente contrariando o leitor, espécie, pelas leis do mercado, de dono da bola, com o poder de decidir se haverá ou não o jogo, pode muito bem estar fazendo isso para atender à vontade de uma parcela significativa de quem lê (significativa o suficiente para se justificar tal investimento, com seus riscos calculados) e que gosta de ser contrariado, simplesmente por esse gosto, e que não cabe se discutir aqui, ou porque assim se sente(m) mais estimulado(s), buscando, ele próprio, leitor da bola, dono do que lê, contestar o autor, num jogo que tem, sim, lá sua razão de ser.

Grandes obras saem sempre de grandes autores: alguns, inclusive, ainda “menores”, são alçados, em grandeza, por causa de uma obra que se revela grande, mesmo que, não sendo um artista uma linha de produção projetada para gerar grandes obras em série, não repita costumeiramente essa mesma grandeza em seus trabalhos posteriores, já que grandeza assim não depende exclusivamente daquele que a produz – de como ele joga a bola -, havendo a necessidade de que alguém receba esse passe (às vezes, esse momento parece mágico), trabalho este, ainda que envolto na aura de prazer pessoal, do leitor: uma grande obra não só empresta (sua) grandeza a quem a escreveu, mas, simultaneamente à leitura, a quem lê: pela obra em si, que ele sabe que lê, e, mesmo sem o saber, por então ler a si mesmo.

Àqueles que, sabe-se lá a que leituras já se entregaram, garantem, não raro com uma visão de mercado (que pode se mostrar equivocada), que sua vida daria um (bom, claro) livro: se realmente for um bom autor, porque essa possibilidade até tem de ser considerada, escrevendo (sobre) sua própria vida, desde que venha a dessa (sua) obra ser também seu leitor, poderá ler, de si, o que jamais pensou, sobre o quê não há uma só linha escrita para provar, mas se, lendo-o, lendo-se a si, sem disso saber, tiver a impressão de que lê apenas o que escrito está, escreveu, tão-só, para satisfazer o mercado, um que gosta de da vida alheia saber.

E não te preocupes, eventual leitor (disto aqui), se não tiveres a sensação de teres lido a ti: esta minha “bola” é quadrada mesmo.

CHICO VIVAS

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