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domingo, 27 de março de 2011

DIA DO CIRCO


Não pretendo armar um circo aqui. Também não tenho a intenção de fazer disto um picadeiro e, aproveitando a oportunidade que eu mesmo pudesse ter criado, subir nele, palco ideal para minhas palhaçadas, ainda que se deva dizer, em respeito aos outros, artista mais “sérios”, que o picadeiro não é, apesar do seu flagrante domínio, espaço exclusivo dos palhaços. Derrubando, nessa sequência, cada possibilidade que se possa levantar (como um novo circo) de que eu pretendo mesmo é me exibir, não vou, imaginando que o circo já esteja armado – por quem não interessa: e não que quem arma o circo, seu próprio ou mero pau-mandado, não tenha lá seu interesse -, apresentar qualquer outro número, como se, de repente, me pusesse a voar pelos ares (por onde mais?), ou a equilibrar pratos rotativos em finas varetas, ou, confiante no gosto refinado das feras, pôr minha própria cabeça na boca de uma (eu não sou besta!), ou, puída cartola, sem brilho já o fraque, repetir ilusões sem nenhum mistério, a não ser o de haver ainda alguém que se ilude, achando que ninguém jamais vira aquele (seu) truque.

Na verdade, começo, aqui, pelo fim – embora, pela quantidade de linhas, deva estar já me aproximando do meio -, porque o que faço é justamente desarmar todo esse circo que, como se sabe, desde que se acredite na(s) minha(s) palavra(s), não fui eu próprio que armei. É de se notar, no entanto, que, salvo se então se der por findos os circos, não este em especial, mas toda a atividade circense, quando se desarma um, está-se, virtualmente, com os mesmos paus e panos, com as mesmas palhaçadas, armando um circo, não um novo circo, e sim armando-o, de novo, num abaixa-levanta que levou a vida de muitas gerações, que levou gerações ao circo, apesar de hoje isso quase não fazer mais sentido: não apenas (ir ao) o circo em si, atividade cada vez mais rara, mas em, com olhos curiosos, observar, detalhadamente, como se arma um circo, com todas as expectativas de futuras alegrias e pasmos, e a desilusão de se ver o circo, desarmado já, ir-se embora. Se o mágico desse circo fosse bom mesmo, ainda que só mais uma de suas ilusões cansadas, desfaria essa desilusão.

Circos com lugares acolchoados, com ar refrigerado, com comida em série e artistas “assépticos” podem fazer um grande espetáculo, coisa (grande que é) de encher os olhos, nada, porém, que se possa comparar às tábuas levemente soltas do “galinheiro”, termo íntimo para se tratar, infantilmente, as arquibancadas, tido como poleiro pelos esnobes que, querendo mostrar o peso de sua carteira, pagam bem mais pelas cadeiras, duras como tábuas quaisquer, fincadas num chão enlameado disfarçado com outras tábuas, levemente pregadas ali, mas, lugar de honra mesmo, naquele anfiteatro mambembe, é o outro, incomparável para olhos juvenis que encontram no anonimato do público (do lado menos respeitável) ocasião de ouro para suas travessuras fora de série.

E tantas vezes o circo é melhor pelo que se passa fora do picadeiro, sem, com isso, afirmar que os artistas dali são dispensáveis, sendo justamente sua presença que anima a plateia, vibrando esta com o encanto, vibrando talvez ainda mais com o trapezista que cai, com a mulher serrada ao meio que não se “reencontra” mais, com a fera que comeu o que lhe estava mais à mão, com o palhaço que, não podendo ir à função, mandou-me, aqui, em seu lugar.

CHICO VIVAS

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sexta-feira, 18 de março de 2011

DIA DA CHUVA





Como chove(m), nesse temporal de efemérides, dias para tudo, nada mais justo que se dedicar um deles à própria chuva: e é hoje.


E, hoje, chove?


Se chove, isso é a melhor forma de se comemorar o dia (da chuva) ou, óbvio demais, esperava-se (o que faz disso já uma previsível obviedade), só para mudar um pouco o clima, que fizesse um dia bom, entendendo-se isso como um daqueles dias ensolarados em que, se uma chuva vier, não será bem-vinda, mesmo que o dia seja todo seu? Se não, se não cai uma gota sequer, passa esse dia despercebido, como passam todos os dias – é da natureza dos dias passarem – com sol, só se os percebendo se, em meio a tanta luz, de repente, não se sabe saída de onde, que nuvem alguma se via então no céu, uma chuva desaba.


Mas, não é só chuva que chove. “Chovem” canivetes por aí, quando o tempo fecha, sem aparente possibilidade de um raio de sol(ução). “Chovem” homens ou mulheres, a depender do gosto de cada um, havendo mesmo os que, para os quais nunca há tempo feio (nem homem feio, nem mulher feia), não se fazem de rogados e, sem sequer terem rogado a Deus para que fizesse chover (uns ou outras), chovendo estes ou aquelas (ou estas e aqueles, para não ferir suscetibilidades de gênero), saem na chuva – e sabe-se que quem sai assim não pode reclamar por ficar...molhado.


Uma das chuvas que (nos) parecem raras, mais até que as ácidas, características do nosso tempo, situação que, por vezes, nos deixa amargurados, é aquela que faz chover oportunidades, quando, no desespero, já nos bastaria uma, sequer desejando nos encharcar delas, porque, bem aproveitada, uma gota (de oportunidade), multiplicada, pode se tornar uma colheita farta.


Associado comumente à chuva, o chão molhado, mesmo quando não se testemunhou nada dessa água, é pista, para alguns, bastante segura, de que choveu sim, num exemplo de confiança cega. Baseados em pistas, confia-se que o céu assim (ou assado) é sinal confiável de uma chuva prestes a cair ou de que, desse mesmo céu, a depender da pista que der, não cairá nenhuma gota, fechando-se os próprios olhos para esse fato quando, apesar da confiança que se depositou nele (será que não se pode nem mais confiar no céu?), acaba por nos frustrar.


Dança-se para que a chuva caia, embora isso esteja envolto, qual neblina em dia em que os “cegos de confiança” apostam (os próprios olhos: o que é pouco, se considerarmos que já estão cegos mesmo) que vai chover, em muita dúvida, pesadas nuvens dela(s). Dançar na chuva parece ser bem melhor.


Canta-se a chuva, talvez na falta de inspiração melhor – à parte a chuva que Jobim fez cair, brilhantemente, na roseira -, especialmente quando já se esgotou o sol, com rimas mais fáceis do que uma (para a) chuva. E canta-se, dançando-se, na chuva, fazendo disso a própria canção.


Palavra atrás de palavra foi o que mais choveu aqui. Mas, ao que (me) parece, nenhuma digna de um dia assim, e não porque, sendo de chuva o dia, me mantive, deselegantemente, ensolarado – em alguns momentos, até pareci sombrio -, e sim porque, não sendo para sempre, mesmo quando uma chuva persistente, a melhor homenagem que lhe podemos fazer é saber que este dia, como todos os outros, também passa.


Acho que (a chuva, o dia) passou.


CHICO VIVAS

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segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA DA POESIA


E se navegar fosse o que há de mais preciso neste mundo, a tal ponto essa (sua) “precisão” que não deixasse sequer uma margem, estreita que fosse, quase um meio-fio, “guia”, a depender da (mesma) língua, ao gosto de cada dizer, para dúvidas, sendo preciso em todos os sentidos, por mais desnecessários que sejam, aparentemente, os olhos para se gozar a poesia, quando se pode ouvi-la (não é só o ver, o ouvir estrelas também é poesia), por desnecessários que sejam os ouvidos se, inescrita, se possa enxergar o poético, mesmo (que) de frente, não se virando, como era previsível, (para) o verso: que seria de Pessoa, de todos eles, de todas elas, de todos nós, nós que “falam” tão de perto à navegação, jangada ao mar, ainda que, à primeira tempestade, inspiração nublada, se queira abandonar o barco, talvez com o ingênuo argumento de que (antes de a canoa virar) se está aí por acaso, tendo-se entrado de gaiato nesse navio?

E se o verso, estranho e forte, duro como ele só, como se só assim um verso “pudesse dizer tudo o que sinto”, em lugar de uma eterna procura, cujo fim não encontrado alimenta o círculo dessa eternidade – que é a procura de tantos -, acabasse, afinal, sendo achado, indiscutivelmente forte, sem aquelas fraquezas que, por vezes, pela força da poesia, emprestam-lhe um vigor ainda maior, mesmo que, recurso usado com a certeza do resultado final, termine enfraquecendo versos que já nem tinham lá tanta força assim: que seria de Florbela, que não lembrava uma flor, apesar da delicadeza franzina, de quem não se diria, a não ser com alguma licença poética, ser bela, Alma no nome, concebida, Conceição que também era, provavelmente, para ser tudo, tudo o que se espera de uma mulher, menos para ser o que foi, sendo já “poeta” só por isso?

E se não se pudesse dizer “não digas”, como Cecília disse, e tanto repetiu, porque o mundo é mesmo belo; porque, por mais alegres que nos queiramos mostrar, seja mesmo triste o amor – e não, simplesmente, porque, navegando-se contra a maré, contrariando o sentido do vento, se intuísse que assim se faz melhor poesia do que associando ao amor ondas de alegria; porque a vida é tão rápida que, enquanto se diz isso a seu respeito, ela passou, podendo ter consumido nisso, nesse átimo, um dos últimos instantes que nos restavam; porque não resta dúvida de que se sofre, por mais analgésicos que se tome, por mais que se tome, como terapia alternativa, a poesia como tal, mesmo uma que não o seja (alternativa): que seria de Cecília, professora que, ao perguntar “o que foi que te ensinaram que era sofrer?”, sem dizer mais nada, ensinava que sofria mais, que, frente ao seu próprio, outro sofrer não passava, com dores minúsculas (sempre maiúsculas para quem sofre), de um primário ABC?

E se não houvesSe Se, cantariam as cigarras? E se, admitindo-se que as cigarras ainda cantam, não houvesSe Cigarro, haveria Clarice-em-prosa? Se não houvesse prosa, conversar-se-ia sobre versos? Se se conversasse, fazer isso sobre versos não seria andar em círculos? Se os círculos conhecessem começo e fim, restaria alguma eternidade?

Será que não se faz poesia apenas para se experimentar a morte em meio a promessas cada vez mais frequentes de eternidade (sem fim) ou para, no meio de mortes sem rima, com uma onomatopeia de tiros das mais concretas, se sentir eterno por um instante?

E se não houvesse ponto de interrogação, que seria de mim?

CHICO VIVAS

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quinta-feira, 10 de março de 2011

DIA DO TELEFONE


Não deixa de ser curioso que os telefones já não toquem como telefones – e há os que vibram com isso. E os novos, talvez para demarcarem a distância que os separa dos antigos, apresentam opções diversas de toques, entre as quais, como se assim demonstrassem, com tal desprendimento, certa superioridade, o toque à antiga que, se escolhido, faz o telefone, alguns com aparência calculadamente futurista, tocar assim, até lembrando, aos mais desavisados, desde que tenham vivido o tempo dos outros telefones, dias em que o aparelho fazia jus ao nome, pomposo em sua etimologia grega, apesar do caráter francamente popular, já desse jeito mesmo quando ainda acessível a poucos.

Tirar o telefone (ou o fone, para os que se julgavam com intimidade com ele, podendo, no entanto, agir assim só para disfarçarem, neófitos, certa intimidação, algo bem contemporâneo, com, então, tão nova tecnologia) do “gancho” – isso é quase uma declaração de idade, se não por reportar ao tempo em que o aparelho possuía o tal gancho, pelo menos ao de um em que, mesmo sem mostrar as “garras”, lá estava, disfarçado, o mesmo gancho, móvel aparelho, mas indissoluvelmente ligado, como marionete que não vive sem isso, aos fios – e iniciar uma ligação, mesmo que local, sem a ajuda (haja paciência!) da intermediária telefonista para as longas distâncias, supunha algum afastamento espacial entre origem e destino.

Agora, até isso caiu por terra. Não que já não se recorre ao telefone para os interurbanos, para as ligações internacionais, apesar da disponibilidade de tecnologias afins, mas é que a ansiedade, quase neurose, de se encurtar as distâncias trouxe o telefone para perto, para aproximar o que já tão perto está, separando-os não mais que o desejo de, frente a frente, se quebrar o silêncio. E, com o tempo, as noções de espaço parecem ter sido revistas, sendo natural se considerar distante o suficiente para se usar o telefone o que, antes, se vencia sem maiores esforços.

Ironia: tudo isso vai-nos afastando.

E não sou iconoclasta – telefone que se tornou símbolo da modernidade e, manipulado com esperteza, prova contundente de melhor distribuição e renda – para sugerir que se saia por aí a se destruir os aparelhos: isso não projetaria, de mim, uma boa imagem, embora não possa negar o desejo circunstancial de pôr fim a alguns, especialmente aos que, vibrando com a possibilidade de exibição pública de uma contemporaneidade que se traduz no consumo exacerbado, na descartabilidade do recém-comprado, tocam suas esquisitices, entre as tantas à disposição, não escapando disso sequer a sonora campanhia dos velhos telefones, mostrando mais uma das características desses nossos tempos sem distância: o revisionismo do passado, passado a limpo, apresentado como o antigo sem seus defeitos (e o maior de todos é justamente sua antiguidade), até que, daqui a pouco, seja também coisa do passado – a ser revisto.

CHICO VIVAS

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