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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

DIA DO BALCONISTA


Passar a vida atrás de um balcão já foi uma espécie de anátema paterno: pais, em geral, são mais dados ao pragmatismo, ainda que lhes falte pragmatismo suficiente para que percebam quão eficaz, aparentemente nada pragmáticas, é o apelo emocional das mães, sabendo-se mesmo o quanto as pragas delas são mais poderosas do que, ainda que com toda sua ênfase viril, as lançadas, sem meias-palavras, pelo pai.

E tudo isso para incentivar os filhos a persistirem nos estudos, quando estes eram vistos (ainda são, apesar de já não haver tantas provas em favor desse ponto de vista) como a possibilidade real de se ter em mãos uma chave-mestra, uma que abriria todas as portas, ainda quando eles próprios, pais e mães, mesmo tendo ouvido pragas dos seus próprios (pais), não persistiram, a ponto de usarem justamente esse fato para mostrarem aos filhos as consequências de tanta teimosia: as mães fazem isso algo chorosas, exibindo seu “sentimental pragmatismo”; os pais, com gestos mais contidos, embora igualmente eloquentes, fazem-no com uma espécie de contabilidade à mão de tudo o que, em tese, deixaram de ganhar, não havendo também garantias de que esse jogo contábil fosse mesmo outro, se tivessem estudado, convenientemente, atendendo aos apelos dos seus (próprios) pais.

Assim é que então agia o fantasma do balcão, ao mesmo tempo, uma ameaça, caso se se rebelasse, e um estigma, uma marca indelével para o resto da vida, uma vidinha, já se adivinha, sem importância, tendo-se de passar os dias a “bater ponto” (por si, um ato vergonhoso de submissão à autoridade burocrática de um relógio sem flexibilidade para compreender as necessidades do momento) e atender os outros, com prestimosidade compulsória, como se a aspiração maior de qualquer vida fosse, ao contrário, mudando-se de posição, ser atendido, não se dando conta, ou fingindo isso para não destruir a validade da argumentação, que para que tal coisa aconteça, que se seja atendido com sorrisos, mesmo que protocolares, no rosto, torna-se necessário se dispor de uma legião de “atendentes”, todos atrás do balcão – ainda que virtualmente, num espaço sem divisões materiais, havendo, no entanto, nítida separação de status: o cliente experimentando, o que pode não acontecer quando se depara com um (seu) superior, ter sempre razão, e o balconista, além de aturar o (eventual) mau humor do freguês, até assim para se deliciar, sadicamente, com as agruras do outro, engolindo, esse balconista, em seco sua vontade de dar um soco nesse cliente, fingindo, porém, que, em dada questão, por mais certo que saiba estar, a razão está mesmo com o outro.

Há aqueles que, mesmo sem (os) estudos, tendo ido para trás de um balcão (que praga, hem?!), ascenderam, não precisando mais disso, já sendo, em outros estabelecimentos, recebido com sorrisos (que ele conhece muito bem), resolvem, de quando em vez, voltar a ser “balconistas”, mas, nesse caso, o freguês não se engana, percebendo facilmente a troca, sentindo-se, ele próprio, cliente então, na obrigação de “atender o atendente”.

CHICO VIVAS
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

DIA DA CRIANÇA







Pronto e acabado.

Mas como eu, mau artesão das linhas, não dou ponto sem nó, não pararia por aqui, por mais que reafirme: pronto e acabado.

Ao se observar uma criança, pronto, eis já, como se uma repentina comichão reclamasse o imediato auxílio de mão, como se esta estivesse condicionada, sem direito à reflexão, a sempre ir em socorro das coceiras, a tentação de dizer que ali está um projeto, uma obra em curso, ainda que bem no comecinho então, vislumbrando-se, ausentes as imagens mais claras, as definições mais precisas, um futuro sempre promissor, embora a experiência, a pessoal e a do mundo (que é a soma das experiências pessoais) mostre, até com clareza chocante, com imagens de alta definição, o quanto tais promessas ficam, não raro, pelo meio do caminho, não se restringindo, essa quebra de expectativas, às crianças já, desde seu nascimento, em situação de perigo, com riscos anunciados agora para apresentação posterior (mesmo que tal “posteridade” alcance-as numa idade em que facilmente ainda se a toma como uma criança, um pouco mais crescida, é verdade), avançando, não rigorosamente com igualdade, sobre outras crianças, sobre aquelas que não “nascem perigosamente”, que não vivem, acomodadas ao conforto luxuoso ou àquele pago em incontáveis prestações, perigosamente, e das quais se espera, projeto realizado, muito, podendo estas crianças não corresponderem ao que, a sua própria revelia, se espera delas, seja por uma rebeldia (com cartão de crédito), seja porque se adaptaram demasiadamente a uma vida sem perigos, sem os quais o mundo não seria o que é – para o bem (do mundo, de todos nós) ou não.

Uma criança, no entanto, antes de rascunho bem elaborado de uma arte ainda não finalizada, está, enquanto o que é (criança que é), pronta e acabada. O que vem depois, numa sequência de etapas artificialmente definidas em nome de um didatismo comportamental, já não é coisa de criança.

Há quem ainda se comova – não sei se isso prova o caráter, alem de universal, de eternidade de uma verdadeira obra de arte ou se prova o quanto, mesmo com o passar do tempo, os apelos emocionais não variam muito, e continuamos presos a um sentimentalismo catártico, espécie de poderoso expectorante para aliviar nosso peito das culpas em catarro – com os pequenos limpadores de chaminés que povoam aquela, sempre nevoenta, Londres de Dickens, vendo nisso o grau de perversidade de uma sociedade industrial, embora, em termos mais práticos, uma indústria lucrasse mais ao inventar e fabricar limpadores de chaminés mais rápidos e eficientes que uma criança, mesmo uma rápida e eficiente, chegando mesmo à produção em série de limpadores descartáveis: e aquelas crianças, ao crescerem um pouco mais, além da boca faminta da chaminé, não o eram menos.

Tanto quanto aqueles londrinos não andavam sempre com olhos úmidos, apesar da poluição crescente das chaminés das fábricas (além das domésticas), mas compungidos por aquela infância se perdendo, nós, anacrônicas chaminés que já não vemos na cena diária no alto das casas (as fábricas ficam, em geral, longe dos nossos olhos), umedecemos nossos olhos com os relatos “espetaculares”, fechando-os (a tanta poluição visual) para os projetos em curso, para as crianças-em-progresso, para rascunhos que, vítima eu da minha própria língua, já estão, apenas com frágeis linhas desenhadas, pronto.

E está acabado.

CHICO VIVAS
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domingo, 4 de outubro de 2015

DIA DO POETA


Ouvir um poeta (nos) falar da precisão do navegar parece estranho, já que não se associa, comumente, a poesia à navegação (quando não, para se evitar um suposto clichê); de resto, não se a associa a nenhuma atividade prática, como se o labor do poeta sequer merecesse (e não por falta de méritos, talvez por tê-los muitos) o nome de trabalho, incompatível sua exsudação, real-em-gotas ou fingida-a-seco, com um ato que se quer sublime, mais afeito ao ato da Criação em que o descanso dominical destoa, em meio a uma semana inteira tão produtiva. Ainda é estranho, se um poeta, falando em navegação, já dando a entender de que o é por acaso, quando suas aspirações, se bem-sucedidas, o teriam levado a se tornar um Capitão de longo-curso, deixar a impressão de que ela, imprecisa que seja, é necessária, como se então cuidasse de quaisquer assuntos do cotidiano, de preocupações comezinhas, de interesses demasiadamente humanos para alguém que deveria se ocupar de mais elevadas matérias.

Quando, no entanto, não se sabe o que o poeta quis dizer, “verdadeiramente”, cada qual lhe atribuindo um querer diferente, um dizer ao gosto pessoal, sem que se chegue a um acordo, a menos que se tome este ou aquele estudioso (quase um exegeta, comportando-se com hierático esnobismo, sentenciando dogmaticamente) como dono da verdade, talvez aí se esteja mais próximo do poeta – se de um de verdade ou se de um fingidor, pouco importa, até porque o fingidor pode ser um poeta (para um poeta), não se excluindo a hipótese deste não estar fingindo ao dizer isso, como se cortasse em sua própria carne, dizendo-se, portanto, um não-poeta, justamente quando mais o é.

Mas, vamos deixá-los de lado: isso é, aliás, o destino de todos os poetas, já que, uma hora ou outra, tornando-se necessário se navegar, com a imprecisão que caracteriza as melhores aventuras, põe-se a poesia à margem, na certeza de que, feita a viagem, há de se a encontrar no mesmo lugar, tal qual déssemos voltas e mais voltas, acabando, nesse círculo, sempre nos versos. Aqui, finjamos que o assunto é outro: o navegar.
Com tantos sentidos novos, sem que fosse preciso acrescentar mais um aos que a natureza nos deu, a navegação (nos) surge como um ato de outrora, como se só se a pudesse experimentar como um meio (de se encurtar caminhos: e havendo outros mais rápidos, para que se navegar?) e não como um fim em si.

Para alguns, o que torna a navegação sedutora é exatamente (embora eu não possa garantir a precisão disso) a possibilidade de se fazer um longo curso, desinteressante aquele de curto, pela experiência de se elastecer o tempo, com a sensação – tanto sol, tanto mar (não se podendo descartar as tempestades previsíveis, mas incontornáveis, e as não-previstas, com contornos ainda mais imprecisos) – de que as horas não passam: e é curioso que se deseje navegar por passatempo, mas exasperando-se se tudo parece uma eternidade (que não passa).

Hoje, navegar é para poucos, um luxo que, por sê-lo, não é “preciso”, tomando-se por supérfluo, como se só houvesse beleza no fundo, num mergulho científico, jamais à flor d’água. Os poucos que podem (ainda) navegar até levam consigo um poeta encadernado que, fatalmente, cumprindo seu destino, será deixado de lado. O risco é que, fatigado, e mais ainda por um poeta - mal-escolhido, crê-se - que parece não dizer coisa com coisa, como se tivesse piamente acreditado nele com tal, poeta que se mostra, e se descobrisse, navegação já em pleno curso, que ele não passa de mais um fingidor, apenas isso, querendo deixar essa aventura também de lado, interrompendo a navegação, como para abandonar o barco, a ponto de não se lembrar do poeta, seque se lamentando por tê-lo deixando (para) lá, concluindo, afinal, que nada disso que cria muito necessário era mesmo tão preciso assim.

CHICO VIVAS
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

DIA DO ANJO-DA-GUARDA



Não é mania de perseguição – e eu admito que tenho lá as minhas, admitindo isso mais aqui comigo mesmo, não tanto diante dos outros, omitindo-as então, preferindo observar as suas, sejam as evidentes, evidenciadas mesmo por eles próprios (e talvez estejam omitindo a maioria delas), sejam aquelas que, em público, mantêm-se represadas, que, afinal de contas, ninguém, acredita nisso todo maníaco, precisa ficar por aí a exibir as suas manias, embora não sejam poucos os que cultivam, sem pudor de omiti-la, mania(!) de exibir-se, revelando-a, autoexpressiva como é, ainda quando não querem parecer assim, sendo que o que mais desejam não é outra coisa, senão aparecer -, mas tenho a sensação de que para onde quer que eu vá não estou sozinho, como se alguém, numa discrição hoje anacrônica, preferisse a sombra, evitando qualquer raio de luz: mas, que raio de criatura é essa?
Deus me livre e guarde, mas chego a pensar que não seja algo (de) bom; algum espírito (de porco) que talvez queira despertar em mim justamente essa desconfiança de que estou sendo seguido, sem jamais se deixar ver, apenas para que, com o tempo, reiterada e cumulativa sensação, acabe desenvolvendo certas manias; e entre elas, especialmente, a de perseguição, com todos os outros (maníacos ao seu próprio modo), na falta de prova sobre esse perseguidor, me tomando como mais um deles, embora eles sequer tenham consciência de que (também) são.
Quem me escuta falar assim – caso eu esteja mesmo falando, já que, caso contrário, boca fechada, isso pode ser um problema, isso de se ouvir o que ninguém, rigorosamente, diz – pode me dizer, aconselhando-me, que preciso me benzer e, na sequência, rezar para meu anjo-da-guarda, que é ele o mais indicado para velar por mim, nessa proximidade “invisível”, na minha cola sempre, ainda que, com o fácil argumento do (meu) livre-arbítrio, não possa me salvar das ciladas escolhidas, com a desvantagem adicional de sentir-me observado ao cair, deliberadamente (sabe-se que se conta com os habitantes do céu para uma mãozinha ladeira abaixo, em diversão que deve lembrá-los de suas imperfeições humanas, agora, supostamente, corrigidas por uma santidade oficializada, em alguma cilada há muito “desejada”).
Desconfio – o que pode surgir como uma evidência a mais de que estou mesmo com essa mania de perseguição – de que meu perseguidor, caso não passe de somente uma impressão, dado o clima reinante de insegurança, não é outro, senão o próprio anjo em sua função de guarda. Se for assim, é melhor que ele me dê um sinal, mesmo que sem os efeitos especiais de uma cena mística, tendo, ao fundo, um monocórdio coro de anjos-monótonos, ou então, na dúvida, sempre me voltando para ver se flagro essa minha sombra fugidia, torcerei o meu pescoço, ainda que, se descobrir que tenho sido observado durante todo esse tempo, visto em minhas quedas planejadas, não tendo das outras, aparentemente escolhidas com liberdade, sido livrado, não seja, apesar de alguma possível torcida, o meu pescoço que estará em jogo.
CHICO VIVAS
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